Entrevista com Washington "Coração Valente" e Dr. Gustavo Nunes
Introdução
Neste terceiro episódio, Dr. Gustavo Nunes, referência nacional em ortopedia de pé e tornozelo, recebe novamente o ex-atacante Washington “Coração Valente”. Em um bate-papo leve e informativo, Washington conta detalhes emocionantes sobre o grave problema cardíaco que quase encerrou sua carreira, sua volta por cima, o valor do acompanhamento psicológico e a diferença do atendimento em vários países. O programa também traz dicas do Dr. Gustavo sobre tratamento de lesões dos atletas e curiosidades dos bastidores do futebol.
O Surgimento do Apelido “Coração Valente”
Washington:
Durante minha passagem pelo Fenerbahçe, na Turquia, comecei a perceber sintomas estranhos: queimação no peito, azia e uma dor no braço. Rapidamente fui ao médico do clube, que me encaminhou para exames detalhados. Em apenas 30 segundos de teste na esteira, já pararam tudo – meus exames estavam alterados e fui direto para a sala de cirurgia. Descobri que tinha uma artéria com 90% de obstrução, e precisei colocar um stent.
Por orientação de médicos na época, dei uma pausa no futebol – muitos diziam para eu não voltar. Foi uma fase difícil, mas conheci um cardiologista em Curitiba que deu esperança para o meu caso. Realizei um tratamento moderno no Atlético Paranaense, com total acompanhamento médico, e fui considerado apto para retornar.
No ano em que voltei, bati o recorde de gols no Campeonato Brasileiro com 34 gols, e ganhei o apelido de “Coração Valente”. Hoje essa marca de superação faz parte da minha história – a torcida reconhece muito mais meu apelido do que o próprio nome!
Superação e Força Psicológica
Washington:
A experiência foi de grande superação, não só física, mas principalmente mental. Tive muito apoio de familiares, amigos e torcedores, mas o mais importante foi minha cabeça: repetia todos os dias que conseguiria voltar. Mesmo sem acompanhamento psicológico profissional, consegui usar minha própria força para vencer essa batalha. Recebo até hoje relatos de pessoas que se inspiraram na minha história para superar suas próprias dificuldades.
Diferenças Entre o Atendimento Médico no Brasil e no Exterior
Mônica Nóbrega:
Você percebeu diferença no tratamento médico em outros países?
Washington:
Com certeza. O Brasil é referência mundial em medicina esportiva – tanto tecnicamente quanto pela qualidade humana dos profissionais. Joguei no Japão, por exemplo, onde a tecnologia é avançada, mas em casos mais graves, sempre me encaminhavam para tratar no Brasil. Inclusive, grandes atletas internacionais, como Neymar, vêm buscar tratamento com nossos especialistas.
Dr. Gustavo Nunes:
Aqui em Brasília atendemos pacientes de várias partes do mundo, inclusive de embaixadas. A parte humana do atendimento faz toda a diferença na recuperação dos pacientes.
Quando Operar Uma Entorse de Tornozelo?
Dr. Gustavo Nunes:
É fundamental separar os atletas profissionais dos amadores:
Amadores: Mesmo as lesões graves geralmente são tratadas de forma conservadora com fisioterapia, pois a maioria recupera totalmente sem cirurgia.
Profissionais: Para atletas de alto rendimento, novas linhas de estudo indicam a cirurgia precoce em lesões de grau 3 do ligamento lateral do tornozelo, para permitir retorno rápido com segurança.
A decisão por operar depende de múltiplos fatores, mas sempre deve se evitar insistir com tratamento conservador em lesões que se tornam crônicas.
“Medicina não é receita de bolo – cada caso exige decisão individualizada, principalmente se houver instabilidade crônica após repetidas entorses.”
O Atleta Como Investimento e a Evolução da Medicina Esportiva
Os clubes investem cada vez mais no acompanhamento de seus atletas, buscando um retorno mais rápido e seguro após lesões graves. O objetivo é garantir performance, valorizar o investimento e evitar recidivas ou agravamento de quadros crônicos. Por isso, a medicina esportiva evolui constantemente, associando fisioterapia, preparo físico e estratégias de prevenção.
Bastidores do Futebol & Memórias Afetivas
Washington, Dr. Gustavo e Mônica ainda compartilham bastidores divertidos relacionados a clube do coração, amizades do futebol, treinadores e momentos marcantes com a família em jogos históricos. Washington relembra como a final da Libertadores com o Atlético Mineiro ficou marcada em sua memória ligada à família e ao futebol.
Conclusão
A jornada de Washington mostra que superar grandes adversidades demanda força física, acompanhamento profissional, apoio emocional e resiliência. A medicina esportiva no Brasil se destaca não só pela técnica, mas pelo cuidado humano, ajudando atletas – e também amadores – a retornarem à vida ativa com segurança.
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Se você quer cuidar de sua saúde, prevenir lesões em pé e tornozelo ou saber mais sobre tratamentos especializados, agende uma consulta com o Dr. Gustavo Nunes.